OPERAÇÕES COMPROMISSADAS NO BRASIL
Abstract
O artigo investiga o uso estratégico das Operações Compromissadas pelo Banco Central do Brasil como uma ferramenta fundamental na política monetária, destacando seu impacto significativo no quadro financeiro do país. Estas operações tornaram-se cada vez mais vitais após a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal em 2002. Esta legislação restringiu a capacidade do Banco Central de emitir títulos, levando a uma abordagem inovadora de manutenção de um inventário robusto de títulos públicos. O artigo também ilumina o papel crucial que as instituições financeiras desempenham no panorama econômico mais amplo, utilizando estas operações para uma gestão monetária adequada. Revela ainda que os bancos são mais ativos na emissão de operações compromissadas do que o próprio Banco Central. O estudo prossegue examinando a dinâmica ativo-passivo dentro destas instituições financeiras, revelando captações líquidas substanciais. Conclui refletindo sobre a eficácia dessas operações no controle de liquidez e na influência do mercado, ainda que dentro das restrições impostas pelos dealers, e especula sobre o potencial impacto transformador de inovações recentes como a conta remunerada PI e o Depósito Voluntário.